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Um segundo, um passo em falso, uma vida se vai.
Algumas palavras jogadas ao ar, e a minha alma,
ah, a minha alma se perdeu.
Mas de quem é a culpa, afinal? De quem gritou primeiro?
De quem correu primeiro? Ou de quem apenas viu?
A dor que tudo isso causa, não quero mais senti-la.

Recomece!

E no fim, acho que foi mesmo um sonho,
mas no fim, as diferenças são tão maiores que qualquer sentimento
que qualquer zelo;
Tudo que vejo são mentiras,
não são mentiras más, são as tais mentiras sinceras
que sufocam sem compaixão.
Eu buscava, sem parar, justificativas pra que fosse melhor, indiferente aos outros,
eu não confiei, mesmo sabendo que era o certo,
eu sempre soube que era o fim.
Não sei mais o que tenho a dizer,
são palavras já ditas, já repetidas e, sempre sem efeito.
são coisas esquecidas e desmerecidas.
São amores indiferentes ou diferentes da capacidade que eu tenho de amar.
Me seduz; A mim; A minha alma; Calados, dilacerando esse amor.

"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos." Caio Fernando Abreu

Acho que um pedaço de mim se perdeu por aí; às vezes tenho a impressão de estar vazia. Eu tenho saudade de sentir o vento no rosto, de ver o sol nascendo, dessas coisas tão comuns, tão indiferentes pra muita gente. Sinto tanta saudade de mim e de repente as coisas não são tão importantes quanto parecem.

Que seja doce.

Eu queria ir lá.
Precisava ver o que poderia sentir.
Não fui. Não sei o que sinto.